frankie chavez - arte à parte, coimbra - 3.09.2010

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Na primeira sexta-feira do mês de Setembro, dia 3, Frankie Chavez esteve no Arte à Parte, em Coimbra.
Comecemos pelo princípio, pela sua ligação com a música. Ora, citando o próprio: "A minha ligação com a música começou há vinte e um anos. Tinha nove e comecei a tocar guitarra. Não foi imediato. Mas foi algo que cresceu comigo para nunca mais me largar. Hoje, tocar, é ir visitar a alma. É conversar comigo. É exprimir o que sinto sem necessariamente ter que escrever ou falar. É aí que surgem os temas instrumentais. Da pura meditação. Começamos com um pensamento, ou com um sentimento. O resto vem por si. Uma coisa após outra e… tenho um padrão. A escrita veio mais tarde. Senti a necessidade de tentar acompanhar o que a guitarra dizia. De completar a frase. Foi em viagem que criei alguns dos temas que gravei neste trabalho. Num dia chuvoso, numa noite de insónia. Num momento morto em que saio de casa para tocar num jardim".
Nada melhor do que utilizar palavras do músico para o caracterizar: "Frankie Chavez sou eu no mais profundo do meu ser. Na partida para uma viagem, na chegada de uma aventura, na partilha de um som, na confusão de um país longínquo. A musica está comigo onde quer que esteja. Gosto de associá-la a cheiros, momentos ou lugares. É aí que ela surge. É aí que ela me completa. É aí que ela me leva quando mais tarde quero lá voltar".

Tocou com a primeira formação de Toranja, como contou à Rua de Baixo: "Faltava um baixista e o Afonso que era meu amigo disse-me: Tenho lá o Tiago, tem umas letras muito loucas, precisas de ir ver aquilo, mas precisamos de um baixista. Era um género diferente daquilo a que estava habituado e começámos a tocar os três”.
Quando regressou a Portugal, em 2006, formou uma banda de originais “que dava pelo nome de Beringela Amarela. Apesar de sempre ter escrito em inglês, na Austrália comecei a escrever em português. Começou a dar-me algum gozo escrever em português coisas sem soar a foleiro. Que na nossa língua é sempre arriscado", refere à RdB.
Em 2008 aceitou o convite da produtora Indigo para gravar alguns temas originais que tinha acumulado nos últimos anos, dando início a um processo de gravação totalmente livre, que tem como base as viagens e a interacção com outras culturas e formas de estar, com o propósito de encontrar e criar o seu próprio ambiente artístico.
2009 destaca-se como o ano em que foi convidado para desenvolver o tema oficial do Rip Curl Pro Search 2009, ao qual chamou: “The Search” e, para colaborar na banda sonora do documentário "Pare, Escute, Olhe" de Jorge Pelicano, trabalho vencedor de diversos prémios.

Nas apresentações ao vivo, actua em formato de one man band, tocando guitarra, bateria e outros instrumentos. Neste concerto com duas partes, tocou quinze canções.
Na primeira passou por duas músicas do seu primeiro EP, homónimo, lançado pela Optimus Discos. Foram elas: "I Don't Belong" e "Time Machine". Como conta no site, onde podem fazer o download: "Neste EP tentei ser o mais fiel e honesto possível àquilo que mostro ao vivo. Uma guitarra, uma voz e a percussão que estiver ao meu alcance. É o que tenho e é o que uso. Os temas são “blues oriented” e são crus como o bules pede. As letras são histórias de quando a minha mente vai viajar. Sou eu na madrugada dos maus caminhos, na alucinação da sobriedade, sem máscara ou obrigação".
Tocou mais seis músicas, entre elas: "21st December", "Vagabond", "Sunshine Of Your Love" e, fechou a primeira parte com "Another Day".
Um pequeno intervalo e estava tudo a postos para a segunda parte. Frankie Chavez mostrou-nos mais três músicas do seu EP - "Slow Dance", "This Train Is Gone" e " The Search". Tocou ainda algumas canções, como "Hey". Deu por terminado o espectáculo com "Bring Me Flowers".
Ficamos à espera de um próximo trabalho discográfico que nos faça viajar por mais uns tempos.

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