noites ritual rock - jardins do palácio de cristal, porto - 27.08.2010

Em 1992, ocorreu a primeira edição do festival Noites Ritual. Desde aí, no Porto, todos os anos se cumpre o ritual de fecho da época estival de festivais de rock, com vários nomes sonantes da música portuguesa. Essa é a única condição: o consumo é totalmente dedicado à produção nacional. Cumprindo essa tradição, no último fim-de-semana de Agosto ocorreu a 19.ª edição das Noites Ritual. Desta vez, a primeira noite foi preenchida por projectos cantados na nossa língua e a segunda, dedicada a artistas que cantam noutras línguas, mas ainda assim fazem parte da música portuguesa.

Primeira noite, com: Salto, Os Tornados, Samuel Úria, Diabo na Cruz, Anaquim e OqueStrada.


SALTO

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Às 21h30 no Palco Ritual: Salto.
A banda da Maia é constituída por Guilherme Tomé Ribeiro e Luís Montenegro. Com duas guitarras, duas vozes, duas cadeiras e muitos anos pela frente para mais misturar e dar.
Como a Amor Fúria, a editora dos rapazes, diz: "SALTO é o segredo mais bem guardado da Companhia. Dois rapazes do Porto e dança. Reparem que ao dizer dança, estou mesmo a dizer dança, não há cá figuras de estilo para a conveniência das intenções. Só mais uma coisa, pode parecer foleira a expressão, mas SALTO é mesmo para saltar. E mais não se diz sobre o assunto".

setlist:
- Sem 100
- Por Ti Demais
- Falhei
- Talvez Tão Forte Como Tu
- To The Basement
- O Tempo que Mudou
- Deixar Cair



OS TORNADOS

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Às 22h05 no Palco 1: Os Tornados.
Com os Tornados - Hélder Coelho, Manuel Oliveira, Marco Oliveira, Miguel Lourenço, Nuno Silva e Tiago Gil - o ié-ié está de volta à cidade.
"Recuperam a tradição do verdadeiro rock português, com reminiscências da fúria rebelde e adolescente. Tudo aquilo soa extremamente actual, com um pouco mais de distorção, um theremin que dá um toque cinemático à coisa e a linguagem mais desavergonhada", referiu Pedro Soares da Rua de Baixo.
"Sem que se considerem revivalistas, o fascínio d'Os Tornados pela mais estimulante década do século XX é profundo e, por isso, não deixam nada ao acaso. Desde os instrumentos e do material que usam ao figurino com que se apresentam tudo é feito de forma a reviver com uma fidelidade extrema os dias que invadem o seu imaginário", como li no myspace.
Terminamos com palavras da Imagem do Som: "Muitíssimo eficazes em palco, fazem aquilo parecer uma brincadeira e o publico está com eles. Tornados como estes, muitos!".

setlist:
- Dança Aí
- Tempo de Verão
- Ai Menina!
- Veludo Azul
- Ela Fugiu
- Coimbra
- Sai da Minha Beira
- À Beira-Mar
- Valsa da Despedida
- Onde Estás Tu
- Catraia
- Carmo & Bruno
- Twist do Contrabando
- Taras & Manias



SAMUEL ÚRIA

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Às 22h55 no Palco Ritual: Samuel Úria.
Nasceu em Tondela, vive na capital. Ao vivo, faz-se acompanhar por Filipe Sousa, Jónatas Pires, Miguel Sousa, Miriam Macaia e Tiago Ramos.
Jacinto Lucas Pires escreve e bem. Citando: "Nada de mal-entendidos. Este artista é de sínteses, não é sintético. Isto é música muito humana, de carne e osso, verdadeira e impura, cordas, respirações, arranhões, falsetes. Um cantautor a sério a brincar com o seu tesouro. Este “Nem Lhe Tocava” (que título do caraças, meu) é objecto perigoso, perigosíssimo. Num disco destes, é demasiado difícil escolher só uma canção, só duas, só três. À volta de “Nem lhe tocava” devia haver uma fita vermelha com o aviso: aqui há mesmo 12 canções. Em verdade vos digo, Samuel Úria é tão bom que devia ser proibido! Ele compõe, escreve, toca, canta, teatra, arranja, dispara mais rápido que qualquer sombra, faz tanto e tudo bem. Mais que bem, brilhantemente, incrivelmente, genialmente, despretensiosamente. Mas, pois, não me puxem pelo advérbio".

setlist:
- Não Arrastes o Meu Caixão
- Roque Desastre
- Something
- Água de Colónia da Babilónia
- Rua da Fonte Nova 171
- Segreguei-te ao Ouvido
- O Diabo
- Teimoso
- Barbarella e Barba Rala
- Império

(Samuel Úria - myspace)


DIABO NA CRUZ

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Às 23h30 no Palco 1: Diabo na Cruz.
Com os Diabo na Cruz - Jorge Cruz, B Fachada, Bernardo Barata, João Gil e João Pinheiro - a festa é garantida. A banda lisboeta trás consigo "Virou!" que agrada a muitos, é "um vício, um grito de libertação!", como a Trompa já referiu.
Até porque, como Pedro Arnaut disse e bem: "«Virou!» não engana. E os Diabo na Cruz também não. O álbum só confirma a banda de Jorge Cruz como o projecto português mais estimulante do momento. Faz falta a este pequeno Portugal novos projectos assim, que tentem desbravar novos caminhos".
Só nos resta acrescentar e concordar com Cláudio Vieira Alves, quando diz que: "Um festim destes não deve, nem pode, acabar".

setlist:
- Eito Fora/Macaco de Imitação
- Tão Lindo
- Os Loucos Estão Certos
- Combate com Batida
- Lenga Lenga
- Casamento
- Bico de Um Prego
- Bom Tempo
- Dona Ligeirinha
- Corridinho de Verão
- Fecha a Loja



ANAQUIM

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À 00h35 no Palco Ritual: Anaquim.
De Coimbra, José Rebola com João Santiago, Pedro Ferreira, Filipe Ferreira e Luís Duarte trazem o duende Anaquim ao Ritual.
Por JP Simões: "José Rebola, o compositor e letrista deste “As Vidas dos Outros”, desmultiplica-se deveras em mil personagens de um bairro imaginário e familiar onde se passa de criança para adulto depressa demais, tentando teimosamente guardar as histórias, os cenários e as personagens que parecem desaparecer juntamente com todas as nossas ternas e frágeis fantasias de infância. É na primeira pessoa que Rebola canta as vidas dos outros, vidas onde falta sempre qualquer coisa, como em todas, e entre a decepção e o desamor a tónica dominante é a que tem acompanhado desde sempre trovadores e rock’n’rollers. Musicalmente, o clima é de festa, de celebração, entre New Orleans, os Balcãs e a Feira Popular, com rigor instrumental e imaginação, energia e empenho. Acompanhado de excelentes instrumentistas e de uma atitude lúdica e divertida, pois, como disse José Rebola, a música deve ser também entretenimento e folia, sugerindo que a melhor forma de enfrentar os nossos medos e monstros é fazendo-os dançar".

setlist:
- Lídia
- Lusíadas
- Na Minha Rua
- Chama-me Vida
- As Vidas dos Outros
- O Meu Coração
- Tom Sawyer
- Metamorfose
- Pobre Velho Louco
- Balalaikas

(Anaquim - myspace)


OQUESTRADA

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À 01h15 no Palco 1: OqueStrada.
Banda da Margem Sul com Miranda, Pablo, Lima, Zeto, Marina e um convidado especial.
Citando Rui Dinis, aTrompa: "Em OqueStrada tudo é imprevisto. O caminho é feito de uma fusão musical sem limites, sem barreiras e sem horizontes castradores de uma originalidade impagável. O espectáculo está lá, o teatro está lá, está lá toda uma expressão e capacidade dramática que a música desta estrada sempre em festa evoca. As rotas são diversas, as emoções são diferenciadas, a paixão suscitada é algo anormal tal a expressividade dramática, tal a imagem cultural universal tingida pela música dos OqueStrada. O prazer infinito da reinvenção, em vadiagem, sem GPS, no carrossel dos dias, das festas e romarias - podia ser assim, no campo ou na cidade. Pela estrada fora".

setlist:
- Segundo Andamento
- Se Esta Rua Fosse
- Vá Lá
- Transit
- Fado Skazito
- Oxalá Te Veja
- Killing Me Song
- Tourné En Rond
- Duelo
- Break
- Creo
- Agarrem-me
- Faísxca
- Eu e o Meu País
- Kekfoi
encore:
- Acustic Beat
- 7 Colinas
- Sesta Rua + 2º Andamento

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