diabo na cruz - citemor, montemor-o-velho - 14.08.2010

Diabo na Cruz 01

Diabo na Cruz 02

Diabo na Cruz 03

Diabo na Cruz 04

Diabo na Cruz 05

Diabo na Cruz 06

Diabo na Cruz 07

Diabo na Cruz 08

Diabo na Cruz 09

Diabo na Cruz 10

Diabo na Cruz 11

Diabo na Cruz 12

Diabo na Cruz 13

Diabo na Cruz 14

Diabo na Cruz 15

Diabo na Cruz 16

Diabo na Cruz 17

No segundo sábado do mês de Agosto, dia 14, o Diabo na Cruz esteve na Praça da República, em Montemor-o-Velho, para um concerto inserido no CITEMOR.
Comecemos pelo princípio: Jorge Cruz. Nasceu na Praia da Barra, em Aveiro. Formou em 1995, juntamente com Alexandre Mano e Leandro Silva, o power-trio aveirense: Superego, que em 1998 gravou "Quem Concebeu o Mundo Não Lia Romances", “o disco aclamado pela crítica por ter capa sépia”, diz-nos no myspace. Com o segundo trabalho "A Lenda da Irresponsabilidade do Poeta" (2001) fecharam a sua história num manifesto cómico-radical.
Pelo meio editou 300 exemplares de canções acústicas gravadas em cassetes baptizadas de "O Pequeno Aquiles", exemplares estes que "estão espalhados pelo país incluindo estações de serviço".
Formou uma Fanfarra de música tradicional portuguesa de fusão, os Fanfarra Motor, com Daniel Ruivo, Nuno Reis, Alexandre Mano e Nuno Encarnação. Quando entrou em estúdio para gravar o primeiro álbum, "desfez-se em pó, sem deixar rasto". A única gravação que sobreviveu foi utilizada como faixa escondida no álbum “Sede”, de Jorge Cruz. Uma versão roqueira do "Extravagante", que viria a ser rearranjada para o álbum "Poeira" e um "Corridinho" funk que seria retomado para o primeiro disco do Diabo Na Cruz, são exemplos do repertório que marcavam os concertos da altura.
Em 2003, gravou o álbum "Sede" e, na primavera de 2006, foi para a Sra. da Hora gravar "Poeira", com músicos portuenses do rock, do jazz, do reggae e da música tradicional. Tudo isto, conta-nos nos vários myspaces das bandas que já teve ou tem.
“O primeiro contacto com a FlorCaveira dá-se através da gravação do disco de um velho amigo. Foi o João Coração quem o trancou, juntamente com o Guillul e com o Úria, numa casa sezimbrense. Para além das partilhas musicais fizeram-se também ouvir histórias de guerra: o veterano Cruz partilhou cicatrizes, contou piadas de caserna, poliu medalhas de mérito”, conta Samuel Úria, num texto sobre a banda.

A ideia de criar o Diabo na Cruz surgiu na cabeça do vocalista. “Esta era uma ideia que tinha há algum tempo e aquilo que fiz agora foi procurar as pessoas certas, que não tivessem preconceitos e tivessem a mente aberta. Não foi preciso fazer casting (risos)”, disse à Vidas – Correio da Manhã.
Em 2008, Jorge formou a banda de tráde-roque: Diabo Na Cruz. Porquê o nome? Perguntam vocês. Segundo contou à Vidas: “Tem que ver com uma certa linguagem do rock e do hard rock que levou, por exemplo, à formação dos Van Halen do Eddie Van Halen ou dos Bon Jovi do John Bon Jovi. Ora, estes são os Diabo na Cruz do Jorge Cruz (risos). Este nome do Diabo na Cruz vive ali nos limites do bom e do mau gosto, como acontecia com muitas bandas do hard rock. Além do mais, esse nome também serve para chamar a atenção para o facto de muitas vezes não endeusarmos as pessoas certas”. Gravou o EP “Dona Ligeirinha EP” e, mais tarde, “Virou!”. Ambos os trabalhos saíram pela FlorCaveira, em 2009. “A música portuguesa sorria cúmplice para o passado e renascia”.

Os Diabo na Cruz são: Jorge Cruz (guitarra e voz), B Fachada (viola braguesa e voz), Bernardo Barata (baixo e voz), João Gil (teclados) e João Pinheiro (bateria). Como nesse dia o B tinha um concerto a solo, em Santo Tirso, o Diabo contou com Márcia Santos, na voz e Daniel Mestre, na braguesa.
Tocaram quase todas as faixas presentes no primeiro álbum da banda. Foram elas: “Tão Lindo”, “D. Ligeirinha”, “Os Loucos Estão Certos” – que, “tem um daqueles refrões orelhudos que se colam ao pavilhão auricular como pastilha elástica à sola dos sapatos”, disse João Miguel Tavares na Time Out –, “Casamento” – pediram-nos para cantarmos com eles –, “Bico de Um Prego”, “Dom Fuas Roupinho”, “Fecha a Loja”, “Corridinho de Verão” e “Bom Tempo” – onde nos deixaram assobiar a música inteira –, não por esta ordem.
Não esqueceram o primeiro EP e tocaram “Outra Forma”.
O público pediu mais, eles voltaram. Desta vez, sem Márcia e Daniel, apenas os quatro, para “Lenga Lenga”, um original dos Gaiteiros de Lisboa e, novamente “Os Loucos Estão Certos”.
Alguns problemas técnicos marcaram o concerto que, nem por isso, foi menos bom.
O Diabo anda à solta!

2 comentários:

Rita disse...

Tão bonitas, Dri :)

adriana boiça silva disse...

Muito obrigada, Rita :)